RIO - A secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, disse que o Rio terá mais quatro bibliotecas-parque, no mesmo modelo da inaugurada na manhã desta quinta-feira, em Manguinhos, na Zona Norte da capital. A próxima unidade funcionará em Niterói, a partir de maio, na antiga biblioteca da cidade. Ainda este ano, serão beneficiadas as comunidades da Fazendinha, no Complexo do Alemão, na Zona Norte, e da Rocinha, na Zona Sul carioca. No início de 2011, a biblioteca pública do estado, que funciona no Centro do Rio, reabrirá as portas já com o novo conceito.
Na unidade do centro serão 250 mil livros, numa área de 16 mil metros quadrados. Ela será a cabeça da rede, vai oferecer cursos de capacitação profissional, por exemplo _ disse Adriana.
O projeto da biblioteca-parque, baseado na experiência colombiana de Medellín, é inédito no Brasil e investe na construção de equipamentos culturais como forma de promover inclusão social. Segundo a secretária, a ideia é que a população use o material:
A população vai cuidar muito bem de tudo. Mas se estragarem os livros, não faz mal. Será sinal de que estão sendo usados.
A Biblioteca-Parque de Manguinhos ocupa uma área de 3,3 mil metros quadrados do antigo Depósito de Suprimento do Exército e atende a 16 comunidades da zona norte, cuja população soma cerca de 100 mil habitantes. O local foi totalmente urbanizado para receber 900 DVDs, cinco televisões de LCD, três livros digitais, 40 computadores, 25 mil livros e mais de 3 milhões de músicas distribuídas em aparelhos de MP3. A infraestrutura custou R$ 8,7 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A previsão é de 1.500 passem pela biblioteca de Manguinhos diariamente, das 9h às 21h, de terça-feira a domingo. Dos cerca de 30 funcionários da unidade, pelo menos 20 são moradores da região.
NORMAS PUCSP, MACK, USP, FGV, FAAP, UNINOVE, UNIP, FESPSP, entre outras - CONTATO: bibliotecasonline@gmail.com
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Bibliotecas escolares passarão a ser obrigatórias
Dentro de no máximo 10 anos, deverá haver uma biblioteca escolar em cada instituição de ensino do país, pública ou privada. A obrigatoriedade está prevista no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 324/09, cujo relator foi o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que foi aprovado em decisão terminativa http://www.senado.gov.br/comunica/agencia/infos/Infoterminativo_.htm, nesta terça-feira (13), pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Segundo o projeto, considera-se biblioteca escolar a coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura. No que diz respeito ao acervo de livros, deverá haver pelo menos um título para cada aluno matriculado. E os sistemas de ensino, ainda de acordo com a proposta, promoverão "esforços progressivos" para alcançar a universalização das bibliotecas escolares.
- Este projeto só tem dois defeitos: demorou tantas décadas para ser aprovado e estabelece um prazo longo para sua execução. Os sistemas de ensino poderiam reduzir de 10 para cinco anos o prazo de instalação das bibliotecas - sugeriu Cristovam, ao apresentar seu voto favorável à proposta.
Em seu texto, o relator lembrou que o Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes, enquanto a vizinha Argentina tem uma biblioteca para cada 17 mil habitantes. O senador citou ainda pesquisa promovida pelo Ibope, segundo a qual o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano - cifra que cai para 1,3 quando se excluem os livros didáticos. Nos Estados Unidos e na França, a média é de 10 livros por ano.
Entre os motivos para o baixo índice de leitura no Brasil, Cristovam mencionou a existência de 10% de adultos analfabetos e o elevado custo dos livros. Citou ainda dados do Ministério da Educação, segundo os quais 68% das escolas públicas do país não dispõem de biblioteca.
- A verdade é que as classes educadas do Brasil já estão chegando à época digital, com os e-books, enquanto as camadas sem acesso à educação ainda não entraram no tempo de Gutenberg, quase 600 anos depois que ele inventou a imprensa - comparou.
Ao apoiar o projeto, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) elogiou iniciativas da própria sociedade no sentido de estimular a leitura, como a implantação de bibliotecas informais em pontos de ônibus e até mesmo em um açougue, como ocorre em Brasília (DF). Por sua vez, o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) elogiou a realização da Feira do Livro de Porto Alegre, que recebe cerca de 700 mil visitantes a cada ano, e pediu que as novas bibliotecas escolares também ofereçam acesso à comunidade - e não apenas aos alunos.
Dezenas de bibliotecárias e de estudantes de Biblioteconomia que acompanharam a reunião aplaudiram a aprovação do projeto. Na opinião da diretora da Biblioteca Central da Universidade de Brasília, Sely Costa, que compareceu à reunião, este pode ser considerado um grande passo em direção à maior difusão da leitura e do conhecimento.
- É uma vitória enorme para um país como o nosso. Seremos um dos poucos países em desenvolvimento a contar com uma lei que torna obrigatória a existência de bibliotecas nas escolas - afirmou Sely, que defendeu ainda a oferta de cursos a distância para tornar possível a formação de um maior número de bibliotecários em todo o país.
Marcos Magalhães / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=%20100969&codAplicativo=2
Segundo o projeto, considera-se biblioteca escolar a coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura. No que diz respeito ao acervo de livros, deverá haver pelo menos um título para cada aluno matriculado. E os sistemas de ensino, ainda de acordo com a proposta, promoverão "esforços progressivos" para alcançar a universalização das bibliotecas escolares.
- Este projeto só tem dois defeitos: demorou tantas décadas para ser aprovado e estabelece um prazo longo para sua execução. Os sistemas de ensino poderiam reduzir de 10 para cinco anos o prazo de instalação das bibliotecas - sugeriu Cristovam, ao apresentar seu voto favorável à proposta.
Em seu texto, o relator lembrou que o Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes, enquanto a vizinha Argentina tem uma biblioteca para cada 17 mil habitantes. O senador citou ainda pesquisa promovida pelo Ibope, segundo a qual o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano - cifra que cai para 1,3 quando se excluem os livros didáticos. Nos Estados Unidos e na França, a média é de 10 livros por ano.
Entre os motivos para o baixo índice de leitura no Brasil, Cristovam mencionou a existência de 10% de adultos analfabetos e o elevado custo dos livros. Citou ainda dados do Ministério da Educação, segundo os quais 68% das escolas públicas do país não dispõem de biblioteca.
- A verdade é que as classes educadas do Brasil já estão chegando à época digital, com os e-books, enquanto as camadas sem acesso à educação ainda não entraram no tempo de Gutenberg, quase 600 anos depois que ele inventou a imprensa - comparou.
Ao apoiar o projeto, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) elogiou iniciativas da própria sociedade no sentido de estimular a leitura, como a implantação de bibliotecas informais em pontos de ônibus e até mesmo em um açougue, como ocorre em Brasília (DF). Por sua vez, o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) elogiou a realização da Feira do Livro de Porto Alegre, que recebe cerca de 700 mil visitantes a cada ano, e pediu que as novas bibliotecas escolares também ofereçam acesso à comunidade - e não apenas aos alunos.
Dezenas de bibliotecárias e de estudantes de Biblioteconomia que acompanharam a reunião aplaudiram a aprovação do projeto. Na opinião da diretora da Biblioteca Central da Universidade de Brasília, Sely Costa, que compareceu à reunião, este pode ser considerado um grande passo em direção à maior difusão da leitura e do conhecimento.
- É uma vitória enorme para um país como o nosso. Seremos um dos poucos países em desenvolvimento a contar com uma lei que torna obrigatória a existência de bibliotecas nas escolas - afirmou Sely, que defendeu ainda a oferta de cursos a distância para tornar possível a formação de um maior número de bibliotecários em todo o país.
Marcos Magalhães / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=%20100969&codAplicativo=2
quarta-feira
Biblioteca do Congresso dos EUA arquivará mensagens do Twitter
RAFAEL CAPANEMA
da Reportagem Local
A Biblioteca do Congresso dos EUA, em Washington, anunciou que arquivará todas as mensagens públicas postadas no Twitter desde o início do serviço de microblog, em março de 2006. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (14).
Os tuítes ficarão arquivados digitalmente nos servidores da instituição.
O anúncio foi feito primeiramente no perfil da biblioteca no Twitter e, depois, no blog oficial.
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